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24 Anos de uma data inesquecível

O Brusque teria que ganhar no tempo normal e jogava pelo empate na prorrogação. Estádio lotado em dia de festa, esperança e alegria quadricolor.

por Sidney Silva
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Hoje, 13 de dezembro, comemora-se 24 anos do título estadual do Brusque. Era um domingo, tarde ensolarada, com a cidade na mistura de expectativa e êxtase por uma final. Depois de um primeiro jogo em que o Brusque perdeu por 1 a 0 na capital, Brusque e Avaí voltaram a se enfrentar em 13 de dezembro de 1992. O Brusque teria que ganhar no tempo normal e jogava pelo empate na prorrogação. Estádio lotado em dia de festa, esperança e alegria quadricolor.

Começa o jogo
16 horas e a bola começa a rolar. Um jogo truncado em seu primeiro tempo e muito disputado, acabando em 0 a 0 nos 45 minutos iniciais. No intervalo, os ânimos voltaram diferentes. O Brusque entrou ligado e fez 1 a 0 com gol do eterno Jair Bala (in memorian) num petardo da entrada da área. Show nas arquibancadas. Logo depois, vem o segundo gol. Numa virada de jogo a bola vai até Washington que vai cruzar e acerta a gaveta do goleiro Carlão. Ninguém segurava mais. Nem o gol do Avaí no fim amedrontou o torcedor. A confiança já estava tomada. Aos 45 minutos, Dalmo Bozzano apitou o fim de jogo. Ele não dava acréscimos porque, segundo ele, não ganhava hora extra (kk).

Prorrogação
Eram os 30 minutos mais gloriosos da história do clube. A prorrogação ia passando e o Avaí em cima, enquanto o Brusque jogava no contra-ataque. O goleiro Carlos Alberto fazia belas defesas quando exigido. Aí, aos 11 minutos do segundo tempo da prorrogação, o delírio: o gênio apareceu. Cláudio Freitas, num contra-ataque puxado do campo de defesa, aproveitou o chute de Weber e o rebote de Carlão. Um gol antológico. Ninguém mais se conteve. Eram choro e risadas de alegria pelo momento. A festa começou antes do apito final do jogo. Aos 14 minutos o alambrado foi derrubado e o jogo acabou. Foi uma das maiores festas que a cidade já viu. Parabéns Bruscão, 24 anos de um título eterno. Parabéns a todos os responsáveis por aquele título.

Copa do Brasil
Essa será a terceira participação do Bruscão na Copa do Brasil. Em 1993, contra o União Bandeirante (PR), a equipe foi eliminada em uma das maiores injustiças que eu já vi no futebol. Depois de um empate em 2 a 2 no Paraná, o Brusque jogou uma partida muita boa em casa e acabou sendo punido pela falta de pontaria. Nosso meia na Copa do Brasil era Rodrigo Gaúcho, hoje dirigente conhecido no Brasil inteiro como Rodrigo Caetano. Jogava fácil, mas devido várias lesões abandonou a carreira de jogador. O jogo de volta foi definido numa jogada pelo lado esquerdo de ataque, o União fez o gol sem ângulo, numa infelicidade do goleiro Binho. Assim acabou a primeira participação brusquense na copa.

A segunda foi em 2011, quando o Bruscão pegou o favoritíssimo Atlético Goianiense. Bom, favorito até a bola rolar. O Atlético chegou a sair na frente, mas no melhor primeiro tempo que eu vi o Brusque jogar até hoje a equipe abriu 3 a 1 e poderia ter feito uns 5, sem exagero. No segundo tempo, o Brusque continuou jogando bem, mas tomou o segundo gol num vacilo da defesa e o duelo acabou em 3 a 2. 

Veio o segundo jogo no Serra Dourada. Por incrível que pareça o Bruscão jogou de igual. O Atlético mais em cima, mas o Brusque também com várias chances desperdiçadas. O primeiro tempo encerrou em 0 a 0. Com direito a uma baita atuação do goleiro Wender, o Brusque vinha se segurando e o Atlético tentando. Quando aos 34 minutos, já no segundo tempo, sai o gol do Atlético. O gol veio da marca do pênalti, por baixo das pernas do zagueiro e dos braços de Wender. O Brusque não se rendeu e ainda quase chegou ao empate. Aos 47 do segundo tempo, após cruzamento de Paulinho, Pereira cabeceou e Márcio pegou. Era o fim do sonho da segunda fase. Mas isso só nos prova uma coisa. O Brusque é duro de ser batido diante qualquer time. Agora, em 2017 , já temos os 10 prováveis adversários: Bragantino, Paraná Clube, Boa Esporte, Juventude, Fortaleza, Luverdense , CRB, Portuguesa, América de Natal e Sampaio Correia. Um desses 10 será o adversário do dia 8 de fevereiro. Que nem diz Romulo Mendonça, da ESPN Brasil. “Aqui na nossa casa, no nosso cafofo”, quem tem que mandar é o Bruscão.