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Beiseboll ganha cada vez mais espaço entre os brusquenses

Há cerca de cinco meses a cidade berço da fiação ganhou a primeira equipe oficial, o Brusque Brewers Baseball que tem como objetivo fomentar a prática do esporte no município. A iniciativa surgiu por meio de um grupo de quatro amigos e hoje já são mais de 30 que participam ativamente.

por Sidney Silva
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Um dos esportes mais tradicionais do mundo, o beisebol também entra cada vez mais no cotidiano e gosto dos brasileiros. Em Brusque apaixonados pelo esporte comemoram a ascensão da modalidade que vai deixando a prática em evidência no país.

Há cerca de cinco meses a cidade berço da fiação ganhou a primeira equipe oficial, o Brusque Brewers Baseball que tem como objetivo fomentar a prática do esporte no município. A iniciativa surgiu por meio de um grupo de quatro amigos e hoje já são mais de 30 que participam ativamente.

Entre os idealizadores do grupo está Paulo Colzani. Adepto que sempre admirou o esporte tradicional em países como Estados Unidos, África do Sul e Japão, ele agora vê a oportunidade de ajudar a desenvolver a modalidade no Brasil, país emergente, mais ainda sem tradição no esporte. “Hoje já temos alguns atletas brasileiros jogando as principais categorias. Em alguns lugares do país o beisebol já é uma realidade há algum tempo”, destaca Colzani.

Segundo ele, as principais cenas do esporte ocorrem em estados como o Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Pará. “Onde tem colônia japonesa o beisebol é muito forte”, ressalta. Para o grupo de Brusque, Colzani diz que a ideia é se divertir, mas a partir de 2017 a intenção é trabalhar com crianças. “Não existe outra forma de fazer o beisebol crescer”, destaca.

Relação desde a adolescência
Colzani, hoje com 35 anos, acompanha o beisebol desde 1998, mas somente agora se envolve diretamente com o esporte. O atleta conta que antes de montar a equipe sua experiência com o esporte era restrita a assistir as partidas. “Comecei a praticar junto com a galera, e hoje o grupo já tem grandes nomes, com atletas experientes, que já jogaram em grandes centros do país, como São Paulo e Belo Horizonte, e também no exterior, a exemplo do Nelson Kuroki e do Marcelo San, que jogou 20 anos no Japão”, observa.

Essa troca de experiência, segundo ele, é o que tem ajudado o esporte a se fortalecer rapidamente na cidade. “Eles têm um conhecimento muito evoluído do esporte. Buscamos essas pessoas para que a gente também aprenda e no futuro possa passar para as crianças”, destaca.

Esporte democrático
A ideia do Brusque Brewers é trabalhar com crianças de 10 a 18 anos. Colzani comenta que, diferente do que muitos imaginam, o beisebol é um esporte democrático e pode ser praticado por qualquer pessoa. “Gordo, magro, alto, baixo, não importa, basta ter disposição e querer aprender”. Ele observa que os materiais para a prática não têm preço muito acessível, porém pela sua durabilidade acabam sendo um grande investimento. “É caro, mas dura muito tempo”. 

Recentemente, a equipe de Brusque comprou kit com bola e bastão para os atletas que quiserem conhecer mais o esporte. “Temos um patrocinador que é a Serta Balanças e estamos buscando mais investimentos para a compra de novos materiais, mas com a ajuda de todos que já fazem parte do grupo conseguimos comprar um kit para propiciar uma primeira experiência para as pessoas verem se gostam”, conta Colzani. Mais informações sobre a prática podem ser obtidas na página no facebook Brusque Brewers Baseball.

Boa impressão
Em setembro, o Brusque Brewers participou de sua primeira competição oficial. A equipe disputou o campeonato estadual da modalidade em Jaraguá do Sul. Diante escolas bem mais experientes, como Floripa e Curitiba, a equipe até fez bons jogos, mas não conseguiu bons resultados. “Mais por erros nossos do que por qualidade dos adversários”, ressalta Colzani.

Ele conta que a sensação de poder participar de um campeonato oficial foi espetacular. “Ficou todo mundo encantado, torcendo pelo próximo campeonato”, afirma. A ideia agora é de que os atletas participem de mais uma competição no fim do ano. “Queremos fazer um triangular com as equipes de Florianópolis e Joinville. A intenção é de que esses jogos sejam realizados em Brusque, no campo do Paysandu”, adianta Colzani.