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CRÔNICA: O desempate foi na pança.

Sábado, 04 de março de 2017. O jogo entre Brusque e Joinville (do JEC…

por Redação
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Sábado, 04 de março de 2017.

O jogo entre Brusque e Joinville (do JEC eu não tenho pena, eu sou bicampeão na arena) aconteceu às 18:30, no Augusto Gigantinho Bauer, porém às 16:00, devido à agonia que cresce em dia de jogo, eu já estava pronto: tênis, bermuda e manto quadricolor — apesar de ninguém considerar o branco — sagrado. Só faltava comprar o ingresso, que me custou 30 reais inúteis. Eu compro para área coberta, por motivos de Brusque ser Brusque e quando chove, chove mesmo! Mas o meu fogo de torcedor não aceita cadeira numerada, então eu fico na área descoberta, ou seja, eu poderia ter economizado mais.

No caminho do jogo, foi inevitável sentir inveja da galera que já tinha a nova camisa do clube, que finalmente deu as caras! Uma explosão de cores vibrantes, a cara do Brusque em 2017. Comprei meu ingresso, enfrentei a fila de cinco minutos, bem diferente do jogo anterior, que três horas antes do jogo, a fila estava insuportável. O que será que acontecera com os brusquenses fanáticos que vieram assistir ao jogo entre Brusque e Corinthians, na quarta-feira? Entrei no estádio e depois de cumprimentar quase todas as pessoas que me viram crescer com a camisa deste time, cheguei na arquibancada.

Os minutos pré-jogo foram de risadas ouvindo histórias de bar e observando a disputa indireta dos vendedores ambulantes pra ver quem vendia mais pipoca. Sempre torci para o mito que, ora ou outra, aparece com uma peruca, um chapéu diferente ou qualquer acessório pra chamar atenção. Ninguém sabe o nome daquele cidadão, mas tenho certeza que todo bom brusquense o conhece. Entre xingamentos ao juiz, que nem sequer tinha começado a apitar a partida, e ofensas desnecessárias à bandeirinha, o tempo passou e o jogo começou.

Quando eu vi que o Brusque atacaria para o lado da torcida organizada no primeiro tempo, já me subiu um nervoso. Não gosto de ver o segundo tempo de longe, ainda mais sem óculos — meu amigo me ajudou com informações importantes, por exemplo, “agora é escanteio”. Nos primeiros lances eu conclui que o Brusque ganharia fácil, afinal, estava dominando a partida, mas depois o jogo ficou mais equilibrado e a única conclusão que eu tinha era que eu ficaria tenso.

Vi o Ricardo Lobo Mau chutando e a bola tomando caminhos errados; vi o Jonatas Belusso Da Nova Geração jogando bem, até, mas não entendendo algumas jogadas ensaiadas, infelizmente; vi o Rodolpho fazendo Rodolphagens, digo, boas defesas; e vi o Pingo colocando o Assis em campo.

O jogo acabou naquele chato empate de 0x0. Um ponto a mais na tabela. Terceiro colocado do primeiro turno. Que campanha, Bruscão (eô)!

Quase tudo decidido, após o término da partida. A única dúvida apareceu no carro da família fanática:
— Buga, Cako, Cana’s ou Italiano???