Home Esportes Radicais A Fórmula 1 do Off-Road: Gaiolas voam na pista da Festa Nacional do Jeep

A Fórmula 1 do Off-Road: Gaiolas voam na pista da Festa Nacional do Jeep

Empenho dos mais de 100 pilotos surpreendeu, inclusive, os diretores de prova, Claudiomir Reitz, o Kiko, e Bruno Cesar Lang, responsáveis pelo traçado e organização dos competidores.

por Redação
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Na sexta-feira, 21 de junho, o movimento de gaiolas foi intenso na pista da XXVI Fenajeep, realizada no Pavilhão da Fenarreco, em Brusque. O empenho dos mais de 100 pilotos surpreendeu, inclusive, os diretores de prova, Claudiomir Reitz, o Kiko, e Bruno Cesar Lang,  responsáveis pelo traçado e organização dos competidores.

“Tinha os meus pilotos favoritos antes de iniciar a prova, mas já mudei minha opinião. A cada volta o tempo baixa e está sendo um troca-troca do primeiro lugar. E vai ser assim até domingo, quem acumular os menores tempos, ganha”, afirma Bruno.

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Segundo ele, conforme o esperado, o primeiro dia de disputa foi também de adaptações e tudo ocorreu dentro da normalidade. Os pilotos aprovaram o traçado da pista, a iluminação foi suficiente para as corridas durante a noite e a ampliação do acampamento dos pilotos trouxe mais qualidade para a acomodação. Só a poeira levantada dificultou a visualização da pista e chegou a atingir parte do Salão Off-Road e Praça de Alimentação. “Hoje irrigamos toda a pista de manhã e não levanta mais poeira. Vamos manter este padrão para que os pilotos possam dirigir tranquilamente, sem atrapalhar o competidor que está ao lado. Isso também melhora a visualização de quem está na arquibancada e acompanha este espetáculo de velocidade”, conta Kiko, que há quatro anos coordena as competições indoor na Fenajeep.

Pista

De acordo com o diretor de prova, sempre que uma Fenajeep chega ao fim, toda avaliação feita pelos pilotos é levada em consideração. Em 2018 o traçado foi elogiado, o que não significa que não possa melhorar. “Este ano arredondamos mais as curvas, o que permite que o piloto acelere um pouco mais, explore a capacidade do motor. Em compensação, reforçamos a segurança, com paredões mais altos. Também tiramos a rampa, que apesar de ser um ícone da Fenajeep, sempre danifica muitos carros. Pode ser bonito de ver, gera emoção, mas a segurança estava comprometida”, pontua Bruno.

Com cerca de 50 metros a mais do que a pista do ano passado, o que o público pode esperar da XXVI Fenajeep são corridas mais velozes, pelas curvas menos acentuadas e ausência da rampa. Ao todo, são 600 metros de adrenalina.

Jeep Indoor

Neste sábado, às 9h, ocorreu a largada da modalidade do Jeep Indoor. Cerca de 50 pilotos participam da disputa, vindos de todas as regiões do Brasil e, inclusive, do exterior. “Temos competidores do Sul e do Sudeste. Do Moto Grosso do Sul e da Paraíba. Já do exterior devem estar presentes pilotos do Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai. Temos parceria com o Campeonato Brasileiro e uma das etapas acontecerá aqui dentro”, explica Kiko.

O diretor ainda lembra que os pilotos que assumem a liderança da competição geralmente são os que competem no Brasileiro. “E, para eles, o troféu de campeão da Fenajeep tem mais valor do que o do próprio campeonato”, brinca.

Desafio

Ainda na tarde de sexta-feira a pista da Fenajeep foi liberada para o treino da modalidade Desafio. Os carros desta competição são reconhecidos por seus pneus grandes e estrutura mais robusta. Tudo isso para resistir ao sobe e desce, aos buracos, troncos e pedras estrategicamente depositados pelo caminho.

“Aproveitamos a sexta-feira para fazer alguns ajustes na pista, embora ela esteja pronta. As fotocélulas para a cronometragem já estão instaladas e em funcionamento. Agora é só aguardar para a largada oficial, às 9h de sábado”, afirma o diretor do Desafio Fenajeep, Luiz Gustavo Ullrich.

Assim como a pista das disputas indoor, o Desafio também foi instalado em uma distância maior do que em 2018. A novidade é para o formato do traçado, que lembra uma ferradura e permite que todas as arquibancadas acompanhem a performance do piloto bem de perto. Outra inovação é uma subida com troncos, logo depois de um buraco cheio de lama, o que aumenta a dificuldade na condução do carro. “São cerca de 40 inscritos nesta atração, na qual o público gosta e os pilotos se divertem”, acrescenta Luiz Gustavo.

Para participar do Desafio o carro precisa estar equipado para trilhas de nível pesado, ter guincho e gaiola de proteção para caso de tombamentos. É a única prova na pista da Fenajeep que, dentro do carro, estão duas pessoas: piloto e Zequinha. “Eles só largam se estiverem com capacete e cinto de segurança. Os carros geralmente são transformados para melhorar o motor. Vence quem fizer a volta mais rápida”, detalha.