O nível de dificuldade da trilha é uma das grandes paixões de quem vive nesse universo off-road. É por isso que entre as atrações da Festa Nacional do Jeep a cada ano, o Passeio Radical tem uma grande procura por trilheiros de todo o país. Nele, literalmente todo potencial dos veículos e seus acessórios são colocados em prova, além é claro, da destreza de quem ‘doma’ o volante.
Nesta XXVI Fenajeep, o Radical, realizado neste sábado (22), ganhou um novo capítulo: uma trilha na divisa das cidades de Brusque e Guabiruba, planejada e pensada por toda equipe que organiza o passeio. “Nos preocupamos em preparar uma excelente trilha a todos. Como também somos trilheiros e fazemos muitos passeios fora daqui, ouvimos todas as sugestões e reclamações dos trilheiros e diante disso optamos por essa trilha inédita na história da Fenajeep, até porque em Brusque já exploramos todas as possibilidades. Esta nova trilha fizemos com bastante obstáculos, mas também com desvios, ou seja, quem quiser tocar em frente, pode pegar os desvios, já quem quiser se divertir um pouco mais, vai tocando nos atoleiros”, explica um dos responsáveis pelo passeio, Cristian Noldin.
Apesar de ter pouco mais de 10 quilômetros, a trilha é bem pesada, segundo Cristian, e leva em média três horas para completá-la com um veículo. Nesta edição do Radical, participam 70 veículos, incluindo os carros da equipe de organização. “Sempre falo que no Radical temos hora para sair, nunca para chegar. Se tudo correr bem acredito que o primeiro pelotão chega entre 14h, 15h. Vamos dividir os carros em três pelotões e nossa expectativa é que todos os trilheiros curtam bastante”, revela.
Para o Radical, 20 pessoas atuam na equipe de apoio, que ainda conta com tratores para puxar os carros nos pontos mais tensos de obstáculos.
Marcelo Carvalho já vem há algum tempo de Curitiba/PR para curtir a Fenajeep. Trilheiro de carteirinha, ele participou do Radical pela primeira vez. “Sempre venho na Fenajeep, e desta vez, de tanto observar o pessoal participando da trilha e comentando o quanto é legal, resolvi trazer meu carro para participar também. Estou a mil por hora, quero ver como vai ser”, disse ele, minutos antes de iniciar o passeio.
Quando retornou, pouco depois das 15 horas, trouxe consigo não só a satisfação de ter participado, como também de ter feito muitas amizades e conhecido mais uma trilha nessa vida do off-road. “Foi muito legal, eu curti bastante, realmente um passeio muito bem organizado. Valeu a pena, pretendo voltar outras vezes, fiz amizades e todo pessoal é muito receptivo”, avaliou.
Mais uma trilha pra conta
Quem também resolveu se aventurar no Radical da XXVI Fenajeep foi Jerônimo Maciel, presidente do Jeep Clube de Sobradinho/RS. Ele veio com outros dois integrantes do Jeep Clube, Sidão Nardi e Lauro Sebastiany. Junto com o trio participou ainda o médico que atua em Brusque há muitos anos, irmão de Lauro, Jonas Krischke Sebastiany. “É a nossa primeira Fenajeep. Aproveitamos o feriadão e resolvemos participar. O que esperamos dessa trilha é muita, muita lama, peral, açude, rio, e que a água venha até o pescoço, de preferência”, disse Jerônimo.
Já o jipeiro Ario Broering, de Palhoça-SC, vem há cinco anos na Fenajeep com toda família e amigos. A festa faz parte da programação anual dele, e desde sua primeira Fenajeep, participa do Radical. Integrante do Jeep Clube de Palhoça, ele trouxe um Jeep Willys 1948 para enfrentar os atoleiros da nova trilha. “O Brusque Jeep Clube sempre faz uma trilha com muitos obstáculos. É sempre muito boa a sensação de estar aqui, revendo os amigos e nos entretendo com os desafios. Desta vez trouxe um jeep raiz para participar do Radical, que é uma das muitas atrações desse grande conjunto de eventos que é a Fenajeep”, avalia.
Fotos: Marcelo Carvalho
