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Atividade funcional ganha mercado e ajuda a melhorar a qualidade de vida das pessoas

Um dos pilares deste tipo de atividade que a cada dia ganha mais mercado em Brusque e região é o trabalho em grupo, em que todos se ajudam para superarem eventuais dificuldades.

por Sidney Silva
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A disposição está no rosto de Bianca Baron Martins. Desde janeiro ela faz parte de um grupo de pessoas que resolveu apostar na prática da atividade funcional como forma de melhorar a qualidade de vida. Hoje, ela, o marido, a irmã e algumas amigas treinam com frequência em busca não só de um condicionamento físico, mas também espiritual. “É algo que agrega não só a parte física, como a alma, a parte psicológica de todo o grupo”, explica Bianca. “Eu vim primeiro, depois trouxe ele e agora ela. Estamos amando a experiência. Está sendo maravilhosa”, conta ela.

Um dos pilares deste tipo de atividade que a cada dia ganha mais mercado em Brusque e região é o trabalho em grupo, em que todos se ajudam para superarem eventuais dificuldades. “É um grupo muito unido. Trabalhamos sempre em equipe e um auxilia o outro nas atividades”.

Nem o fato de ter que acordar às 4h30 da manhã para iniciar a prática uma hora mais tarde é um empecilho para quem está colhendo resultados satisfatórios consigo mesmo, segundo ela.

“Tem gente que diz que somos loucos, acordar às 4h30 da manhã para treinar às 5h30. Mas se eu não venho a minha consciência fica pesada. Por que quando a gente acorda, vem para cá e depois sai daqui mais aliviado e contente. Então, é muito melhor do que eu acordar e ir direto para o trabalho”, comenta Bianca. Ela revela que já chegou a pesar 140 quilos e necessitou de todo um trabalho psicológico, físico e alimentar para perder peso e melhorar a autoestima. “Hoje, aqui me ajuda muito”, observa.

Para Willian Todt, professor de Bianca no centro de fitness WT Energy, que oferece a prática dentro da Sociedade Santos Dumont, a atividade funcional vem ganhando cada vez mais adeptos em razão da forma dinâmica com que são aplicadas as aulas. Ele explica que começou o trabalho com apenas 3 atletas, hoje são cerca de 80. Todas as turmas estão praticamente fechadas. “É diferente de uma sala de musculação, pois não é a mesma aula todo dia. A gente trabalha as capacidades físicas: força, velocidade, potência e agilidade dentro da mesma aula”, comenta.

O profissional explica que diferente da musculação, que também tem seus benefícios, a atividade funcional traz uma capacidade de condicionamento melhor do que uma atividade propriamente dita como o levantamento de peso. “Aqui também tem levantamento de peso, mas não é tão voltado à capacidade de força ou ganho muscular, e sim para a amplitude de movimento: flexibilidade e coordenação”, esclarece. “A ideia do trabalho em si é dar uma capacidade geral de qualidade de movimento, trabalhando por padrões de movimento (puxar, empurrar, agachar, tracionar, saltar, deslocar). E treinando o movimento a gente treina os músculos. Por outro lado, se a gente treinar só o músculo, a gente não treina o movimento”, observa.

Todt diz que ao mesmo tempo o ganho psicológico e motivacional é visível em pessoas que aderem a prática. “A questão motivacional pega bastante. Geralmente no inverno é um período em que as pessoas desistem muito das atividades físicas. E no treinamento em grupo não. Como tem sempre mais um, isso traz uma motivação maior para os alunos”, destaca.