A madrugada deste sábado (23) para domingo marca a largada para a terceira etapa da Corrida de Aventura, em Treviso (SC). Este é um evento espetacular para quem curte esportes radicais e contato direto com a natureza. A prova reúne canoagem, trekking, tirolesa, rapel, mountain bike, entre outros. A saída acontece à meia noite e a expectativa da organização é que os primeiros colocados cruzem a linha de chegada entre às 10h e o meio dia de domingo.
Uma das grandes favoritas à conquista da vitória é a equipe brusquense Eco Race, representada pela dupla André Ristow e Fabiano Zimermann. Eles venceram a primeira etapa em Gaspar e, por serem organizadores do evento, não puderam participar da segunda em Guabiruba. Porém, a Corrida da Aventura tem cinco etapas e cada equipe pode abrir mão de uma. Além da equipe Eco Race, outra dupla de Brusque também participa da competição. A dupla formada por André Klabunde e Murilo Kreusch representa a cidade berço da fiação. Os atletas, também favoritos, fazem parte da equipe Em Busca do Dragão/Puma Aventura.
Um dos integrantes da Eco Race, André Ristow, diz que a dupla pretende repetir o bom resultado da primeira etapa. “E para isso estamos nos preparando bastante e treinando mountain bike, trekking e subida. Temos que estar preparados porque, além de todas as dificuldades naturais desta prova, ainda teremos que enfrentar um frio intenso que vai atrapalhar muito”.
Ristow explica como funciona o treinamento da equipe. “Geralmente durante a semana cada um treina individualmente de maneira específica dentro da cidade. Nos finais de semana nos reunimos para treinar mountain bike, trekking, canoagem e subida em outras regiões de Guabiruba, Nova Trento e Botuverá”. O atleta ressalta que esse é um esporte que exige muito preparo. “Tanto físico quanto mental. O competidor tem que estar com a cabeça bem limpa, pra frente. Caso contrário, não terá condições de completar uma prova tão longa e difícil”.
O integrante da Eco Race explica a razão pela qual pratica um esporte tão difícil e que exige demais dos atletas. “O aumento da autoestima que isso proporciona e a satisfação de cruzar a linha de chegada de uma prova tão dura é um sentimento que só quem compete pode conhecer”. Ristow lamenta o pouco espaço que o esporte ainda tem. “Estamos tentando fazer crescer esta modalidade. Na região tem muita gente que faz pedalada, corre, entra em contato com a natureza, mas não pratica Corrida de Aventura, eu imagino, por medo. É tudo uma questão de prática”.
Saiba mais sobre os esportes que compõem a Corrida de Aventura
Trekking –Corridas e caminhadas longas em trilhas e terrenos normalmente acidentados.
Mountain bike –trecho percorrido de bicicleta, também em solos irregulares.
Canoagem –Percurso aquático feito com: canoas, caiaques, balsas de rafting ou bóia-cross.
Técnicas Verticais – Escalada, tirolesa, rapel e ascensões.
A distância percorrida em cada prova varia de 40 até 500 quilômetros. As equipes têm dois ou quatro integrantes e devem encontrar três PCs (pontos de controle). Para isso, a organização disponibiliza um mapa topográfico do local. O caminho percorrido para chegar até os PCs não é padronizado e varia de acordo com cada dupla ou quarteto. A estratégia também é fundamental para vencer a Corrida da Aventura.
