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Bruscão comemora 25 anos do título catarinense

A campanha daquele ano foi importantíssima para o clube que conquistou a Copa SC no primeiro semestre e garantiu um ponto extra no Catarinense. Um dos grandes jogadores daquele time, Soliz, comenta que foi essa vitória que deu a confiança necessária para que o Brusque posteriormente vencesse o campeonato.

por Sidney Silva
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Há 25 anos o Bruscão comemorava sua maior conquista até os dias atuais, o  Campeonato Catarinense de Futebol. Em 13 de dezembro de 1992 o Brusque venceu, em casa, o Avaí na grande final da competição. O Estádio Augusto Bauer se encheu com cerca de 6 mil torcedores que testemunharam os gols de Jair Bala e Washington no tempo normal, finalizado em 2 a 1 a favor do Bruscão. Depois, Cláudio Freitas sacramentou o título já na prorrogação. No jogo de ida, o Avaí havia vencido por 1 a 0.

Campanha
A campanha daquele ano foi importantíssima para o clube que conquistou a Copa SC no primeiro semestre e garantiu um ponto extra no Catarinense. Um dos grandes jogadores daquele time, Soliz, comenta que foi essa vitória que deu a confiança necessária para que o Brusque posteriormente vencesse o campeonato. “A gente começou com um time com muitas dificuldades, ninguém acreditava”, conta.

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Durante a fase classificatória do campeonato, o time brusquense ficou com a terceira colocação. Na fase eliminatória empatou o primeiro jogo com a Chapecoense em 3 a 3, mas venceu na volta, em casa, por 2 a 0. Na semifinal contra o Marcílio Dias, dois jogos emocionantes. O Brusque venceu o jogo fora de casa por 1 a 0, mas perdeu no Estádio Augusto Bauer pelo mesmo placar. Com o direito de empate na prorrogação, a equipe segurou o em 0 a 0 e garantiu presença na inédita e até hoje histórica final. 

A grande finalíssima
Na primeira partida diante do Avaí, a derrota por 1 a 0 na capital deixou os brusquenses aflitos e ao mesmo tempo ansiosos para o jogo de volta. “A imprensa ainda estava desacreditada sobre a gente, jogamos a final contra o favorito, um time grande em Santa Catarina”, observa Soliz. Mas a confiança em Brusque era certeira nos comandados do técnico Joubert Pereira, aumentando a expectativa para o jogo em casa. Com o Augusto Bauer tomado, o Brusque se impôs e foi gigante diante do Leão da Ilha.

Mesmo assim, foi para o intervalo sem gols, resultado que dava o título ao adversário. Mas foi ai que a estrela de Jair Bala [in memoriam] brilhou. Ele recebeu na entrada da área, pelo lado esquerdo do campo e fuzilou o goleiro Carlão: 1 a 0 Brusque. O gol já era suficiente para levar o jogo para prorrogação, mas Washington, pelo mesmo lado, fez o Augusto Bauer explodir com um golaço por cobertura. A dez minutos do fim, o Avaí ainda diminuiu com Gerson, tentou a pressão, mas não conseguiu a igualdade.

Na prorrogação, o empate já bastava ao Brusque e as emoções ficaram à flor da pele no estádio Augusto Bauer, bem como em todos os cantos da cidade. A agonia só teve fim faltando quatro minutos para o término da prorrogação. Cláudio Freitas deu o tom da festa ao mostrar extrema frieza ao driblar o goleiro Carlão e tocar para o fundo das redes: 1 a 0 Brusque na prorrogação e 3 a 1 no placar agregado. Com o Avaí precisando de dois gols, a torcida do Brusque não se conteve e sequer esperou o apito final da partida, encerrada pouco depois dos 15 minutos regulamentares após a invasão da massa brusquense ao campo. Do Gigantinho às demais ruas de Brusque, iniciou-se um carnaval fora de época na cidade.