Em um jogão de oito gols e muita bola na rede, Brusque e Criciúma fizeram valer o papel de favoritos a conquista do returno do Campeonato Catarinense e empataram em 4 a 4 em uma partida eletrizante no estádio Heriberto Hülse. O Brusque saiu atrás e perdia por 2 a 1 até os 33 minutos da etapa final, quando o jogo pegou fogo. Foram cinco gols em cerca de 15 minutos. O time visitante virou para 4 a 2 em 9 minutos, mas tomou o terceiro gol aos 45 e o empate aos 48, em um dia inspirado de Alex Maranhão, autor de três gols, inclusive os dois anotados já nos minutos finais da partida. Com o resultado, os dois times chegam a quatro pontos na tabela de classificação do returno, o líder Joinville tem seis.
O jogo
O Brusque começou o jogo com duas mudanças e sofreu com a pressão inicial da equipe do Criciúma. Alexandre Carvalho e Michel Douglas entraram na vaga de Cleyton, machucado, e João Carlos, suspenso. Com isso, Carlos Alberto foi deslocado para ala direita, com Michel jogando pelo lado esquerdo do campo, onde o Criciúma explorou bastante com Diogo Mateus e Caio Rangel.
Os minutos iniciais começaram com um Brusque acuado e uma grande pressão do Criciúma que culminou no primeiro gol da equipe da casa aos 13 minutos. Barreto bateu de fora da área, a bola desviou no meio de caminho e foi parar no fundo das redes: 1 a 0 Criciúma, gol de Ricardinho.
Até os 20 minutos, o time da casa continuou melhor. Foram seis finalizações contra nenhuma do Brusque. Dos 20 aos 30 o Bruscão equilibrou e nos 15 minutos finais entrou no jogo e viveu seu melhor momento na etapa inicial. Foram três grandes chances. Em uma delas, o goleiro Edson fez grande defesa em chute de Ricardo Lobo. Aos 37, o Bruscão perdeu um gol incrível. Belusso recebeu totalmente livre, na cara do goleiro do Tigre, mas se atrapalhou com Ricardo Lobo, que também correu para bola, e quando viu o arqueiro Edson saiu nos seus pés e salvou. Lance inacreditável desperdiçado pelo Brusque, que foi para o intervalo com a desvantagem no placar.
Etapa final
Os times voltaram sem alterações na etapa final. O Brusque passou a ter mais a posse de bola, mas era o Criciúma o time mais objetivo. O time da casa criou duas boas chances até os 20 minutos, enquanto o Brusque respondeu com um bom chute de fora da área de Mineiro.
Com dificuldades na criação, o técnico Pingo fez sua primeira substituição, tirou Leilson e colocou o lateral Luiz Renan. Com a mudança, Carlos Alberto foi para o lado esquerdo e Michel Douglas deslocado para o setor ofensivo. Logo após a mudança, aos 21, o Brusque chegou ao empate, mas mal teve tempo de comemorar. Primeiro Negueti aproveitou cobrança de escanteio e subiu de cabeça para deixar tudo igual. Um minuto depois, no entanto, Silvinho voltou a deixar o Criciúma em vantagem: 2 a 1.
Vira-vira e empate
O que ninguém esperava era que o jogo fosse pegar fogo mesmo nos 15 minutos finais. Foram cinco gols, uma média de um a cada três minutos. O Brusque conseguiu uma reação impressionante e ficou muito perto de ganhar a partida. Carlos Alberto aos 33, Ricardo Lobo aos 38 e Belusso, aos 41 proporcionaram uma virada incrível no Heriberto Hulse. Mas a vitória, que parecia tão perto, escapou. Quando cerca de 30 torcedores do Brusque tomaram conta do estádio e calaram a torcida do Criciúma, que já havia em boa parte deixado o estádio, Alex Maranhão voltou a aparecer para dar rumos diferentes a história da partida.
Aos 44, o jogador chamou a responsabilidade para si e fez o terceiro do Brusque após cobrança de falta que passou embaixo da barreira. E no jogo de reviravoltas, o inacreditável aconteceu. Aos 48, Alex Maranhão coroou sua atuação e marcou um dos gols mais bonitos do campeonato. Um golaço, em chute cruzado, que deu números finais à melhor partida do campeonato até o momento. Fim de jogo, Criciúma 4×4 Brusque.
