Home Esportes Radicais Esporte da família: Beach tennis cresce de maneira meteórica e vem ganhando muitos adeptos na região

Esporte da família: Beach tennis cresce de maneira meteórica e vem ganhando muitos adeptos na região

É possível se praticar o esporte individualmente ou em dupla. A forma mais comum, tanto recreativamente, como em competições, é em duplas. Nesta modalidade, ao contrário da quadra, toda vez que a bola tocar o chão é ponto. A raquete se assemelha mais com uma de frescobol do que com uma de tênis, ela é de carbono com alguns furos. Não possui cordas.

por Sidney Silva
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Um esporte que há meses pouca gente conhecia na região e que agora vem ganhando praticantes de maneira exponencial. Este é o beach tennis, ou tênis de praia. A modalidade junta caraterísticas do tênis de quadra com o vôlei de areia, criando algo inovador e altamente divertido.

É possível se praticar o esporte individualmente ou em dupla. A forma mais comum, tanto recreativamente, como em competições, é em duplas. Nesta modalidade, ao contrário da quadra, toda vez que a bola tocar o chão é ponto. A raquete se assemelha mais com uma de frescobol do que com uma de tênis, ela é de carbono com alguns furos. Não possui cordas.

A bola não tem pressão para que o jogo possa fluir mais. Como o jogo acontece na areia, um piso muito mais desgastante que o no tênis de quadra, a pontuação foi levemente alterada para que as partidas ficassem mais rápidas.

O Beach Tennis em Brusque e região
O grande expoente desta modalidade em Brusque é André Baran. Aos 25 anos, o brusquense já tem muita história pra contar. O atleta atuou ao lado de nada menos que Guga, na despedida do maior tenista da história do Brasil. Com apenas de 17 anos na época, Baran jogou o Brasil Open, na Bahia, sendo parceiro de Kuerten no torneio de duplas.

Depois de anos como profissional do tênis de quadra, Baran resolveu deixar de ser tenista. Ficou dois anos sem nem pegar em uma raquete de tênis, até que voltou, mas fora do circuito profissional. Representou Brusque nos Jogos Abertos, conquistando duas pratas e um bronze. Até que conheceu algo que mudou sua vida, o Beach Tennis. “Eu conheci a modalidade e comecei a brincar. Esse ano foi que entrei nas competições e junto com o meu parceiro, Daniel Schmitt, de Blumenau, tive sucesso quase que imediato. Hoje somos líderes do estado na principal categoria, a Pro”, conta.

O atleta agora se empenha em duas coisas: melhorar cada vez mais nas competições de beach tennis e fomentar o esporte na região. Concomitantemente, Baran disputa competições de nível mundial e conquista grandes resultados, além de ser um dos grandes responsáveis pelo crescimento da modalidade em Brusque. “No momento, o único clube que oferece aulas de beach tennis na cidade é o Bandeirante e eu sou o único professor de lá”, destaca.

Pode parecer pouco, mas ainda neste ano não havia espaço para modalidade em lugar algum em Brusque. Atualmente, dezenas de pessoas treinam pelo menos duas vezes por semana o esporte no Bandeirante. “Está sendo construído um complexo com quatro quadras no clube. A procura foi tanta nestes meses que fomos obrigados a aumentar a estrutura. Este é um esporte viciante que une toda a família. O que faz ele pegar tanto é que qualquer um aprende a jogar rapidamente. Um mês de aula e a pessoa já está apita para jogar. Diferente do tênis de quadra que exige muito mais”.

Outro amante deste esporte é Fabrício Bado. Aos 48 anos, o brusquense é professor de educação física na Unifebe e atleta de beach tennis. Bado lidera o ranking da categoria C, jogando ao lado do filho de 16 anos, Gustavo. Com isso, está garantido na categoria B do ano que vem. Sua filha, Martina, de 19 anos, também pratica o esporte. Ela joga ao lado do irmão Gustavo nas duplas mistas.

Bado explica a razão do esporte fazer tanto sucesso em tão pouco tempo. “Não é como o tênis de quadra que tem toda aquela seriedade e a necessidade do silêncio. Os jogos são mais animados, com música e tudo. O principal é que une a família, todos podem praticar. E é um esporte muito atraente por ter competições em várias classes. Qualquer um pode jogar que vai encontrar uma categoria do seu nível para atuar. Aqui na região está apenas começando. Alcançou de 20 a 30% de seu potencial. Nos próximos anos vai continuar crescendo”.