Home Outros Fechamento das academias gera críticas de profissionais

Fechamento das academias gera críticas de profissionais

As novas determinações do decreto do último domingo, têm como objetivo evitar aglomerações, uma vez que academias são espaços com alta concentração de pessoas. Entretanto, esta medida impediu a abertura das academias de todo o estado.

por Redação
0

Com o decreto publicado no Diário Oficial em 12 de abril, o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, proibiu o funcionamento das academias até o fim do mês de maio.

Da mesma forma que o comércio em geral, as academias também estão apresentando perdas com a paralisação das atividades. Isso por que o rendimento da empresa é primordial no pagamento das despesas, bem como na folha de pagamento de seus funcionários.

Leia também >> 72% desaprovam decisão, segundo enquete de EsporteSC

O coordenador do Núcleo de Atividades Físicas de Brusque e região da ACIBr, Leonardo Trindade Ribeiro, analisa os impactos nas empresas após o decreto do governador. “Tem muito profissional da área liberal que está sendo extremamente prejudicado e se for analisar, aqui em Brusque, temos muitas academias que são referência e o impacto é muito grande, tanto para a cidade quanto para os próprios proprietários.”

As novas determinações do decreto do último domingo têm como objetivo evitar aglomerações, uma vez que academias são espaços com alta concentração de pessoas. Entretanto, esta medida impediu a abertura das academias de todo o estado.

No entanto alguns estabelecimentos, que comportam um grande número de pessoas, já estão em funcionamento. Com isso, conforme Ribeiro, os profissionais da educação física estão procurando entender onde a atividade física entra, uma vez que o exercício ajuda a prevenir diversas doenças que ajudam a melhorar o sistema imunológico da pessoa. Desta forma acontece assim, uma distorção de valores, segundo o coordenador.

Com esta situação o cenário futuro ainda é incerto. Junto a diminuição do faturamento, o fechamento de alguns empreendimentos também assusta as empresas.  Visto que muitos estabelecimentos, por exemplo, desembolsam o aluguel de seu ponto comercial, dentre outros rendimentos ameaçados.

Assim como essas circunstâncias enfrentadas pelas empresas, Ribeiro aponta que a mais preocupante é a volta, assim que possível, das pessoas às academias. Ele acredita que em um primeiro momento será uma fase apreensiva, uma vez que, as pessoas estarão com medo de contrair o Covid-19. “Acreditamos sim, que as pessoas em um primeiro momento vão ficar com medo de retornar às atividades, mas acredito que isso será um trabalho gradativo e a coisa vai realmente começar a engrenar no segundo semestre. Esse primeiro será mais pra resgatar os alunos  que se afastaram da atividade física”, finaliza Leonardo.

Além de novas preocupações, após o último decreto, também surgem muitas dúvidas referente aos profissionais de educação física. Apesar de ter o objetivo de promover a saúde das pessoas, o profissional da área está de mãos atadas.

Da mesma maneira que o coordenador, a responsável técnica da academia GM de Guabiruba, Eduarda Schweigert, também enfatiza que o profissional de educação não está sendo valorizado diante do último decreto. “Por que hoje, nesse momento, se precisamos de pessoas que cuidem da saúde das pessoas, para que tenham a saúde em dia, a pessoa mais certa é o profissional de educação física. E a gente não está sendo visto como isso”.

Assim sendo, a profissional questiona o modo como está sendo tratado o trabalho das academias. Visto que, em outros setores, com atividades parecidos com as de uma academia, já terem sido autorizados a funcionar com 50% de sua capacidade. Desta forma, as determinações governamentais não dão uma segunda opção para os trabalhadores do ramo.