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Marcílio Dias tem troféus penhorados

Ordem gerou comoção entre os trabalhadores no local e marcilistas de forma geral. Porém, houve consenso entre o oficial de justiça e o advogado do reclamante. Eles intermediaram um ato junto ao presidente do Conselho Deliberativo do clube, Almir César Vieira, para que este se incumbisse de ser o depositário fiel

por Redação
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Nesta última quinta-feira (22), o Clube Náutico Marcílio Dias foi surpreendido com a chegada de um oficial de justiça. O funcionário público chegou com más notícias, um mandado de penhora para troféus e taças em razão de dívidas antigas do clube que ainda não foram sanadas, entre eles um imóvel em Balneário Camboriú para jogadores morarem que não foi pago.

A ordem gerou comoção entre os trabalhadores no local e marcilistas de forma geral. Porém, houve consenso entre o oficial de justiça e o advogado do reclamante. Eles intermediaram um ato junto ao presidente do Conselho Deliberativo do clube, Almir César Vieira, para que este se incumbisse de ser o depositário fiel. Ou seja, o judiciário confiou a ele a conservação dos bens durante o trâmite de execução da dívida, sob pena de prisão civil.

Essa situação é um reflexo das longas batalhas judiciais das administrações anteriores até 2016. Em 2017 o clube honrou os acordos feitos com trabalhadores, atletas e fornecedores e não foi mais acionado na justiça. Desde o começo do ano passado o Marcílio Dias destina aproximadamente R$ 21 mil por mês para sanar dívidas com a justiça. Ainda ontem, o Marinheiro emitiu nota oficial sobre o ocorrido. Veja abaixo a manifestação assinada pelo diretor jurídico do clube.

“Nota oficial: Penhora de troféus do Marcílio Dias

Saudações nobres Marinheiros. 

A Diretoria do Clube Náutico Marcílio Dias vem informar do triste fato ocorrido na sede do clube na tarde desta quinta feira, 22 de março de 2018. 

Surpreendidos com a chegada inesperada de um Oficial de Justiça, na posse de um mandato de penhora judicial, adentrou às instalações do clube e oficializou verbalmente os funcionários acerca do ato de penhora, sendo atendido o pedido da parte Reclamante em efetuar a penhora sobre os prêmios desportivos ganhos pelo clube ao longo de seus 99 anos de história. 

A ordem era de penhorar e remover os troféus e taças até o valor satisfativo da dívida, fato este que gerou revolta e comoção dentre àqueles que trabalham e respiram o Marinheiro todos os dias, e enxergam nestes elementos históricos os períodos de auge do nosso grande Clube. 

A situação foi remediada graças ao bom senso da Oficial de Justiça e do advogado do exequente, que intermediaram o ato junto ao Presidente do Conselho Deliberativo Sr. Almir César Vieira, o qual se incumbiu de ser depositário fiel, tendo o judiciário confiado a este a conservação destes bens durante o trâmite de execução, sob pena de prisão civil. 

Este foi mais um episódio de uma longa batalha judicial que o clube tem travado por conta de períodos de administração temerários, os quais têm reflexos negativos até os dias atuais, de modo a dificultar a gestão da atual diretoria. Cumpre informar ao torcedor de que no ano de 2017 o clube honrou seus acordos com trabalhadores, fornecedores e atletas, não possuindo ação trabalhista proposta em seu desfavor. 

Desde o início de 2017 o clube destina parte considerável de suas receitas a acordos judiciais na justiça do trabalho e cível, totalizando montante próximo de R$ 21.000,00 por mês, o qual consome parte considerável dos recursos financeiros do clube. 

Mesmo diante de gravoso quadro financeiro, o clube pede ao seu querido Torcedor que confie e prestigie nosso trabalho, estando presente nos jogos e adquirindo produtos oficiais do clube. O planejamento estratégico recém lançado é audacioso e nos dá caminhos práticos para se chegar ao topo do futebol catarinense mais uma vez. Portanto, que estejamos sempre unidos em uma só canção, nós e vocês; vocês e nós. Um único time! 

Avante Marinheiro, sempre avante! 

Tarcísio Guedim 
Diretor Jurídico” 

Fotos: Jornal Diarinho e Divulgação CNMD