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Pirambu e os R$ 25 mais bem investidos na vida

Além de permanecer no segundo esporte mais praticado no Brasil, após concluir os estudos no colégio privado, Aldevan começou a trabalhar para a Secretaria de Saúde de sua cidade natal, Pirambu (agora você já sabe a origem do apelido do jogador).

por Wiliam Todt
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Já diz a famosa música da banda Skank: “quem nunca sonhou em ser um jogador de futebol?” Talvez uma das respostas para a canção do grupo mineiro seja o caso do atual jogador do Brusque FC, Aldevan Santos Nascimento Junior (24). Pirambu para os mais chegados. Nascido e criado no litoral norte de Sergipe, o futebol não estava bem nos planos do atacante.

“Minha carreira começou aos 17 anos. Eu era jogador de vôlei, até porque tinha uma bolsa num colégio particular chamado Arquidiocesano”, comenta o atleta, em entrevista a EsporteSC. “Joguei três anos voleibol, mas sempre era chamado para o futsal. Porém, como os treinos eram em horários iguais, preferi acabar meus estudos e continuar no vôlei”.

Além de permanecer no segundo esporte mais praticado no Brasil, após concluir os estudos no colégio privado, Aldevan começou a trabalhar para a Secretaria de Saúde de sua cidade natal, Pirambu (agora você já sabe a origem do apelido do jogador).

“Logo após as eleições, o prefeito da cidade perdeu e eu fui demitido. Mas era Deus preparando algo para mim”, faz questão de comentar. “Num torneio de futsal, acabaram gostando de mim e o secretário de Esporte, Pedro Costa, me convidou para treinar futebol com ele, onde posteriormente consegui fazer um teste no Clube Esportivo Sergipe”.

O ano era 2013 quando Pirambu ficou treinando no time de Aracaju por 15 dias, período marcado por dificuldades, sobretudo no aspecto financeiro. Acredite se quiser, mas foi com apenas R$ 25 que Aldevan conseguiu se sustentar durante o tempo em que esteve na capital sergipana.

“Graças a Deus, antes destes 15 dias o professor Givanildo Sales (técnico do Sergipe à época) já decidiu assinar contrato comigo. Gostaram muito do meu futebol. Primeiramente foi um contrato amador, mas depois foram três anos de contrato. Fui muito abençoado onde passei”, conta nosso entrevistado, que recentemente começou a atender por Junior Pirambu.

Talvez gratidão seja a palavra mais repetida por ele durante a entrevista concedida para Esporte SC. “Espero que seja bem reforçado na reportagem o quanto eu sou grato a Deus por tudo. Sem ele, não posso nada. Todo o mérito de tudo que ocorre na minha vida é porque ele quer”.

Antes de chegar ao Bruscão, Pirambu estava no arquirrival Metropolitano. Apesar do rebaixamento do time blumenauense para a segunda divisão do Catarinão, o atacante foi um dos principais destaques da competição, com seis gols em 12 jogos, três a menos que o artilheiro Daniel Amorim, do Avaí, que fez 9, mas em 15 partidas.

No Bruscão, o artilheiro também já mostrou faro de gols. Um dos destaques da vitória do Brusque por 2 a 1 sobre o Boavista, o jogador tem se tornado uma espécie de amuleto da equipe de Waguinho Dias. No último jogo, diante do Foz do Iguaçu, saiu do banco de reservas aos 15 minutos do segundo tempo para marcar dois gols e comandar a virada do Bruscão por 3 a 1.

Além do CE Sergipe e do Metrô, o Pirambu também já vestiu a camisa dos times de Araripina (2014 até 2055), e do Lagarto, de Sergipe (2016).

Foto: Sidney Silva/EsporteSC