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Prato do dia: uma porção de preocupação

Quem nunca se pegou pensando de mais no passado ou no futuro? Quando os conteúdos desses pensamentos são bacanas isso é até bom. Lembrar de uma partida em que jogou bem, ou então ter boas expectativas em relação a temporada que está por vir, são exemplos de comportamentos que nos ajudam a manter-nos motivados nos treinos, além, é claro, de nos sentirmos bem de um modo ger

por Gustavo Assi
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Coluna Psicologia do Esporte e do Exercício – Por Gustavo Assi

Quem nunca se pegou pensando de mais no passado ou no futuro? Quando os conteúdos desses pensamentos são bacanas isso é até bom. Lembrar de uma partida em que jogou bem, ou então ter boas expectativas em relação a temporada que está por vir, são exemplos de comportamentos que nos ajudam a manter-nos motivados nos treinos, além, é claro, de nos sentirmos bem de um modo geral. Porém, quando o conteúdo desses pensamentos nos remetem apenas à lembranças tristes e preocupações, eles podem ser um tanto contraprodutivos. Quando isso ocorre, existem algumas dicas que podem auxiliar. Mas lembre-se, quanto mais crônico for sua dificuldade de evitar esses pensamentos e mais complicado seu contexto de vida, mais difícil será a mudança.

O primeiro é ficar atento aos seus padrões de pensamento e identificar aqueles que são mais contraprodutivos. Tente perceber quando esses pensamentos geralmente ocorrem e qual o conteúdo deles. Reconhecer o problema é o primeiro passo. A segunda é adotar estratégias ativas de enfrentamento da situação na qual você está. Você pode trocar a ruminação e a preocupação pela resolução de problemas, que envolve imaginar ações concretas, específicas e em detalhes que ajudariam a lidar com a situação problemática

A terceira dica é reservar um horário específico do seu dia. Por exemplo, você poderia escolher 30 minutos do seu dia, no meio da tarde, pra deixar seus pensamentos rolarem, sem reprimir ou julgar nada. Quando você separa um tempo para fazer isso, é comum que eles vão perdendo a força. Em um momento mais tranquilo, tenha um arsenal personalizado de atividades distratoras. Teste várias e fique com aquelas que mais prendem sua atenção, e se engajar em alguma assim que perceber algum pensamento excessivo vindo. De preferência atividades fáceis de realizar e que não tomem muito tempo.

Por fim, aceite seus pensamentos como parte da experiência humana. Isso não significa aceitar a validade dos conteúdos deles, mas sim que eles vem e vão mesmo não tendo um bom embasamento. E lembre-se, seus pensamentos nem sempre te definem.